quarta-feira, 27 de março de 2013


Eu sou como um rio que ninguém quer navegar, moço. Todos olham de longe, acampam em volta por uns dias, mas ninguém entra, ninguém olha o que há através da superfície. Ninguém quer saber o que a minha água esconde. 
—  Camila Costa

Ai Camilinha para de me descrever assim! 
Pensei bastante nesse trecho quando o li. Eu tenho estado com tempo livre demais pra pensar e isso não é ruim mas tratando-se de mim também tenho pensado algumas besteira como de costume. Pensado demais. E olha talvez esse seja o problema: pensar demais. Sei lá, podem me chamar de louca, mas como acho que excesso nunca é bom. Mas acho que dessa vez nem conclui uma besteira. Enfim, acabei concluindo que ninguém quer ver através da minha superfície mas também conclui que nesse lago que sou eu, pode ter algum tipo de placa de aviso. Tenho quase certeza absoluta. Tipo aqueles avisos "Cuidado, correnteza forte"  ou algo assim. E talvez desse modo tenha afastado alguns navegantes. Não posso negar que sou um rio meia turbulenta mas não traiçoeira. Será que alguém é corajoso o bastante pra navegar em mim? 

Bem voltando ao assunto de pensar demais...  Eu sempre, sempre pensei demais antes de tomar alguma atitude - claro que tem exceções e na maioria dessas exceções eu não me arrependi - e talvez por pesar demais os prós e contras das consequências das minhas atitudes eu desisto e não faço o que é necessário. Gosto de mim apesar dos meus apesares mas tenho me frustrado comigo mesma nesse quesito. Como se eu tivesse medo de me arriscar. É, é exatamente isso. E olha, não é a toa que tenho esse medo. Tenho uma bela lista de riscos que deu merda mas tenho uma lista ainda mais longa do que perdi por não ter arriscado. Eu tenho tanto medo de mergulhar de cabeça e me machucar exatamente como pode ter acontecido com os possíveis navegantes do meu rio. Só que esse rio que eu tenho medo de navegar é ainda mais turbulento que eu e traiçoeiro. Esse negocio de arriscar é faca de dois gumes. É como se eu tivesse em um casulo. Essa é uma boa analogia - desculpem por usar analogias demais hoje mas eu to inspirada. Mas vê comigo. Fui lagarta, agora sou casulo e posso me tornar borboleta. Mas será? Bem, tenho em mente de que isso só depende de mim. Vamos ver se sou capaz de passar por essa ultima metamorfose. 
Beijos de luz

quarta-feira, 20 de março de 2013


''Ando num grau de ansiedade tão grande que tomo café pensando na janta. Que estou no Carnaval pensando no Ano-novo. Que estou te dando tchau e já pensando no reencontro.'' 
— Caio Augusto Leite.

Ultimamente estou numa ansiedade incontrolável sobre o que me aguarda esse tempo, esses dias, essa vida, que to cambaleando no meu cuidadoso equilíbrio, aquele que tenho mantido com tanto cuidado nos últimos tempos e isso tem me deixado ressentida sobre como isso pode me afetar. Eu odeio ficar criando expectativas por estar passando por um período devagar e ao mesmo tempo violentamente rápido ao qual minha vida esta caminhando. Eu estou instável demais e por eu ser uma pessoa que busca manter seu equilíbrio interno  então tem sido bastante complicado. Isso geralmente acontece no meio de crises existenciais, o que só faz piorar tudo. E como eu o-d-e-i-o me sentir sem controle.  Vou buscando estabilidade em músicas, em livros e as vezes nos meus amigos. O motivo do ''as vezes'' com aqueles que mais busco apoio é que eu sempre fui a modelo de controle emocional pelo menos quando o assunto é sobre meu bem estar emocional, olha que irônico. É claro que eles entendem que todo mundo tem o direito de perder o ritmo e isso já aconteceu antes mas faz tanto tempo que não me sinto assim. E também odeio admitir que estou fora do ritmo, haha. To na luta pra me restabelecer e só de estar escrevendo isso já me sinto melhor. 

Beijos

quinta-feira, 14 de março de 2013



Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala ‘tipo assim’, ‘gata’, ‘iradíssimo’. Tinha me decidido a banir a palavra “balada” da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, sinto falta de um amor. Me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nesta vida: a tal da química. Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo mais idiota de todos? Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí? 
—  Tati Bernardi.


Será que é isso mesmo? 
Bem, enquanto isso vou cuidando de mim e daqueles que se importam comigo! Mas sabe, é que as vezes bate uma desolação de que amor não é pra mim, pelo menos não esse tipo de amor. Sei lá, não sou o tipo de garota segura. Na realidade sou do tipo que se sente insignificante um momento, no outro  acho que sou boa demais pros idiotas que rondam por ai. Não que eu seja convencida  Se tem uma coisa que eu não sou é convencida.  Mas no momento estou me sentindo tão nada e tenho trabalhado a tal falada auto estima. Não gosto de me sentir assim mas eu sou insegura até demais. Ai quando leio esse tipo de texto sei lá, meio que me dá um up. E eu tento acreditar nisso. Como diz Gabito Nunes, sou do tipo de gente que espera algo legal acontecer comigo o tempo todo, haha. Então pessoal, se estiverem se sentindo feito eu nesse momento, combatam isso. Leia e releia esse texto, imprima e grude no seu espelho, faça o que for pra manter a esperança no amor. E se sentir bem consigo mesmo. Beijos!

segunda-feira, 11 de março de 2013


"Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.
— Caio Fernando Abreu

Que deus permita e que assim seja! Me agarro com força nesse sentimento e vocês façam o mesmo :)

terça-feira, 5 de março de 2013


De tempos em tempos dou uma pausa no drama excessivo e viro do avesso pra me tornar essa pessoa calminha, despreocupada e de bem com a vida. Só até me cansar e correr de volta pro olho do furacão. Sou meio inconstante, pode-se dizer assim. Uma hora quero calmaria e na outra quero tempestade. Pra falar a verdade, nem sei o que eu quero. Vivo pra descobrir isso.
 — Iolanda Valentim
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Eu não sei mais o que eu faço comigo mesma gente. Nem eu to me entendendo, como isso é possível  Meu estado sentimental está exatamente desse modo como o texto descreve e eu simplesmente não consigo fazer as coisas funcionarem pra mim. Não to conseguindo me virar sozinha e eu sei que isso é uma provação, que eu preciso fazer minha vida andar sozinha e simplesmente não consigo! Não sei exatamente o que tá me impedindo de correr atrás das coisas que eu quero. Não sei se é medo, não sei é comodismo, não sei se preguiça ou tudo isso junto. Só sei que eu isso está me incomodando de um modo terrível. Não tenho nem ânimo pra sair, então acreditem meu estado tá feio. Eu procurei saber e muita gente já passou por esse estado após o termino escolar, então eu posso até estar exagerando, sei lá. O bom é que to ganhando um certo apoio da minha mãe, e espero que assim eu consiga juntar forças pra seguir. Mas ai está o outro ponto: Pra onde eu quero seguir? E pra isso me vem uma resposta que não pode estar completamente correta nem completamente errada: Vou me atirar por algum caminho, até encontrar qual é o meu definitivo. Quem procura acha certo? Eu espero que sim pessoal. Eu só posso tentar. 
Abraços!

sexta-feira, 1 de março de 2013



“De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; cuidado com o que anda desabafando; conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); antes só do que muito e mal acompanhada; esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; renunciar não quer dizer que não ame; abrir mão não quer dizer que não queira. O tempo ensina, mas não cura! Agora vai filha, porque o sentido da vida é pra frente!”
— Martha Medeiros 

Não sei o que ouve mas ultimamente tenho estado tão desanimada, tão sem graça. Me desculpem a ausência por pura falta de ânimo. Tenho que dar um jeito nesse meu humor, assim não da certo. Espero que estejam todos bem seus lindos. 
Xoxo

Pra ouvir: Hate - Cat Power