terça-feira, 7 de maio de 2013


''A praia estava cheia de um vento bom, de uma liberdade. E eu estava só. E naqueles momentos não precisava de ninguém. Preciso aprender a não precisar de ninguém. É difícil, porque preciso repartir com alguém o que sinto. O mar estava calmo. Eu também. Mas à espreita, em suspeita. Como se essa calma não pudesse durar. Algo está sempre por acontecer. O imprevisto me fascina.''
 — Clarice Lispector 


É isso, o imprevisto me fascina. O improvável, o imprevisível e tantos outros ''im'' no inicio de palavras que significam algo rotineiro. Eu odeio rotina. Odeio quase tudo que é sempre igual. Quase.
Bem pessoal, eu tenho levado a serio esse lance se viver bem sem precisar estar com alguém. E todos devem levar. Não é saudável ser feliz apenas quando se tem alguém do teu lado. A sociedade precisa conhecer ''o tal o amor-próprio''. Esse tal que pode afetar absolutamente tudo em nossas escolhas, e tudo o que somos. E algo que tem me revoltado é ver gente ao meu redor agindo assim.
Claro que precisamos de gente ao nosso redor, dos nossos amigos, a nossa família e etc. A questão aqui não é aprender a viver sozinho. É aprender a também ser feliz estando consigo mesmo. A lidar com a vida por si mesmo. É totalmente diferente. Acho tão deprimente gente que só fica bem se tiver um peguete pra baixar o fogo. É isso, fogo. Porque carência todo mundo tem e nem todo sai agarrando o primeiro cara que sorri pra você. E o que mais se vê hoje em dia é gente assim. A gente precisa aprender a contar com a gente mesmo. Precisamos aprender a nos dar o devido valor. A se conhecer e se fazer companhia. É tão triste precisar de alguém pra se sentir bem, pra ser feliz. Triste fazer com que a tua felicidade dependa dos outros. Não estou incentivando ninguém a ter ego inflado, nem a ser egoísta ou individualista. Odeio tudo isso. Mas a gente precisa aprender a se bastar. A nos valorizar. E essa falta de valorização de si mesmo, de desamor consigo mesmo faz com que as pessoas se prestem a papéis ridículos. É comum serem usados, desvalorizados e humilhados. Não seja brinquedo de ninguém. Ninguém é tão alguém pra fazer com que nos rebaixemos, com que nos humilhemos.
E aqui outro fato: a gente precisa se amar pra amar outras pessoas. Então vamos nos valorizar, nos amar, pra poder passar isso pras outras pessoas. É uma coisa que faz falta no mundo de hoje. A valorização de si mesmo. Faça a diferença.

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